10/12/13 - Dia internacional dos direitos humanos

Me chamarão subversivo
E eu lhes direi: O sou.
Por meu povo em luta, vivo
Com meu povo em marcha, vou.
 
Tenho fé de guerrilheiro
e amor de revolução.
E entre Evangelho e canção
sofro e digo quanto quero.
Se escandalizo, primeiro
queimei o próprio coração
ao fogo desta Paixão
crua do Seu mesmo madeiro.
 
 Pedro Casaldáliga
 
Aproxima-se o fim de 2013 e as massas carcerárias, infelizmente, seguem se multiplicando. Multiplicam-se, igualmente, os massacres nas periferias, a criminalização das lutas populares, o tráfico humano e a precarização das condições de trabalho. Apesar disso, 2013 foi o ano em que a ocupação das ruas pela juventude ventou forte no teto dos opressores e nos encheu de ânimo para um futuro de expressivas mudanças sociais.
Nesse momento histórico, impossível não nos recordarmos do nosso jovem Pedro Yamaguchi, agente pastoral, advogado, missionário e irmão. Pedro, que lutou incansavelmente durante três anos pela liberdade e pela integridade das presas e dos presos de São Paulo, decidiu viver em São Gabriel da Cachoeira, Amazônia, e lutar junto com a população indígena.
Lá, viveu seus últimos três intensos meses de vida, acolhendo e sendo acolhido pelas comunidades ribeirinhas e indígenas e com elas enfrentando as profundas injustiças que historicamente lhes massacram.
Pedro se foi, mas jamais o esqueceremos. Deixou não apenas saudades, mas também inspirações frutificadas na sua caminhada de lutas.
Na sua missa de envio, no início de 2010, Pedro já convocava os seus pares, jovens ou adultos, a se juntarem àquelas e aqueles que resistem às violações de todo tipo de direito que se possa imaginar.
As palavras de Pedro renascem na luta e na resistência desses jovens que hoje tomam as ruas e são ilegalmente agredidos e criminalizados.
No Dia Internacional dos Direitos Humanos, resgatamos a presença de Pedro e celebramos a tomada das ruas pela juventude para lutar por justiça social.
Replicamos, abaixo, a íntegra do discurso de Pedro e com ele fazemos coro.
Por um mundo sem cárceres e sem injustiças sociais, nos somemos à juventude que luta!

FÓRUM DAS PASTORAIS SOCIAIS DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

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