Coração
Civil
Sonhamos
com um mundo sem violência, polícia e grades. Talvez possa ser apenas uma
utopia, mas acreditamos que um dia este sonho possa se realizar. Um sonho de transformação da dura
realidade e acolhimento ao próximo.
À
margem de toda candura
Esta
música é baseada no livro “Cidadão de Papel” em que o autor fala da cidadania
que existe apenas no papel e não na prática. Todos nós temos uma cidadania
de papel, mas no interior dos presídios esta teoria é gritante, quando
sabemos que os presos possuem muitos direitos previstos na lei de execução
penal, mas nada acontece na prática.
A marginalização
do homem pode ser considerada uma forma de agressão. Afastado do mundo, o
“cidadão de papelão” não tem terno, não tem casa, não tem afeto e perde um bem
valioso: a dignidade. Parte da violência de hoje pode ser reflexo da
discriminação.
O Cristo de Madeira
Esta
música é uma narrativa da experiência vivida pelos presos brasileiros
quando saem da prisão. É uma realidade dura recomeçar a vida porque eles não
possuem estudo, profissão, lugar para ficar e, na maioria das vezes, são
abandonados pela própria família. A expressão "Cristo de madeira" é
uma crítica ao comportamento das pessoas que prestam assistência religiosa nos
presídios. Devemos refletir sobre o nosso comportamento como agente de
Pastoral Carcerária.
A prisão resolve
o problema da violência? Se resolvesse, o Brasil estaria pacificado. E depois
que sai da prisão, que oportunidade é oferecida ao ex-detento? A rua, as
drogas, mais violência e mais marginalização. Faz até lembrar a libertação dos
escravos pela Lei Áurea: Liberdade pra quem?
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